quinta-feira, 7 de março de 2019

15 livros que toda mulher deveria ler para se empoderar

A literatura está aí para nos trazer nada que não sejam benefícios. Para muito além da prática de leitura e do aumento de vocabulário, os livros também nos movem a situações – fictícias ou não – que trazem mudanças gradativas no nosso interior.

Entre esses exemplares, estão os livros que toda mulher deveria ler para reconhecer sua voz, seu espaço e sua importância no mundo. Vamos nos empoderar ainda mais através da leitura?

1. Sejamos todos feministas – Chimamanda Ngozi Adichie

Um discurso simples e didático que mostra a importância do feminismo. A autora nos ajuda a perceber como o machismo afeta a sociedade por inteiro – inclusive os meninos – e como ele está presente até nos mínimos detalhes. Como podemos agir para desconstruir esse universo?

2. O conto da aia – Margaret Atwood

Em uma sociedade distópica, June e outras aias têm a função de gerar filhos para casais inférteis da elite de Gilead, nação patriarcal e militarizada que se instalou no território dos EUA. É preciso estômago para engolir algumas cenas, mas é um livro importante para reconhecermos e valorizarmos nosso espaço e nossa liberdade.

3. A mãe de todas as perguntas – Rebecca Solnit

Da autora que deu origem ao termo mansplaining, esse livro é excelente para quem quer se aprofundar na discussão sobre feminismos. Maternidade, silenciamento, violência e masculinidade frágil são temas abordados pela autora de maneira muito didática. Muitas sofrem com o silenciamento e nem se dão conta, então esse livro pode salvar muitas peles!

4. Kindred – Octavia Butler

Um grande clássico do sci-fi, Kindred conta a história de uma escritora afro-americana que volta no tempo e conhece seus ancestrais escravizados. Uma história emocionante e sensível que envolve o autorreconhecimento e descobrimento da identidade – um caminho que é cheio de obstáculos para quem teve sua linhagem e história apagadas.

5. A guerra não tem rosto de mulher – Svetlana Aleksiévitch

A guerra, por si só, é um ambiente masculino. Os grandes feitos heroicos desse cenário são protagonizados por soldados homens. Mas você sabia que as mulheres têm uma parcela de responsabilidade nesses marcos históricos? Com esse livro, você terá contato com relatos de sobreviventes da Segunda Guerra Mundial, todas mulheres que lutaram pela União Soviética e que trazem um olhar mais sensível a um universo caótico.

6. Ponciá Vicêncio – Conceição Evaristo

Um dos livros mais fortes da literatura afro-brasileira, Ponciá Vicêncio retrata a história da personagem de mesmo nome, da infância à vida adulta, e percorre sobre cenários de identidade, negritude, escravidão e posição feminina numa sociedade patriarcal. Um livro importante para todas as mulheres brasileiras.

7. Mulheres, raça e classe – Angela Davis

Um livro perfeito para promover reflexão sobre um sistema opressor, sobretudo sobre a mulher negra, decorrente das relações de poder no capitalismo. A autora tece um panorama histórico desde a escravidão para nos comprovar como, apesar da abolição da escravatura, ainda falta muito para sermos uma sociedade igualitária.

8. A cor púrpura – Alice Walker

Celie, abusada sexualmente pelo próprio pai, é obrigada a se casar aos 14 anos com um homem mais velho, com quem os abusos continuam. O livro é escrito em forma de cartas de Celie para a irmã e para Deus, as quais retratam, com uma linguagem inculta e com erros gramaticais para enfatizar a simplicidade da protagonista, relações de poder e abusos decorrentes de um sistema patriarcal.

9. O segundo sexo – Simone de Beauvoir

Escrito por uma das mães do feminismo, o livro percorre por uma argumentação muito convincente que nos mostra como as mulheres são vistas como o “segundo sexo” por questões construídas social e historicamente. E o que podemos fazer para, hoje, nos livrarmos desse peso que é ser mulher? Uma leitura densa, mas necessária.

10. Americanah – Chimamanda Ngozi Adichie

Para muito além de uma simples história de amor, Americanah gira em torno do romance entre Ifemulu e Obinze, ambos nigerianos que têm seus destinos separados por conta da imigração. Mesclando o ponto de vista dos dois, a narrativa aborda, sobretudo, as dificuldades de ser imigrante e mulher negra nos Estados Unidos. A história abre uma reflexão importante sobre privilégios, racismo e desigualdade de gênero.

11. Anne de Green Gables – L. M. Montgomery

Anne é uma menina esperta que é adotada por um casal de irmãos de Green Gables, que, na verdade, gostaria de ter adotado um menino. Apesar disso, a narrativa se desenvolve com Anne se mostrando uma garotinha à frente de sua idade e de seu tempo, que não se cala por nem um minuto e cativa a todos em sua volta com seu universo cheio de encantamento e magia. Uma daquelas histórias perfeitas para contar às garotas, crescidas ou não.

12. Razão e sensibilidade – Jane Austen

Em meio a um cenário aristocrata e patriarcal, duas irmãs, de personalidades muito distintas, devem lidar com a obrigatoriedade do casamento. Uma mais passional e romântica e outra mais sensata e racional, as protagonistas precisam arcar com sentimentos e obrigações que, muitas vezes, não concordam.

13. Histórias de ninar para garotas rebeldes – Elana Favilli e Francesca Cavallo

Esse livro de caráter infantil é excelente para que nossas meninas e meninos conheçam a história de mulheres inspiradoras, que foram autoras de feitos importantes para a sociedade. Leia para sua pequena, seu pequeno e para si mesma – assim, todo mundo aprende que as meninas podem ser quão grandes elas quiserem!

14. As meninas – Lygia Fagundes Telles

Um dos romances mais importantes da autora brasileira, As meninas retrata os conflitos internos e externos de três jovens amigas – Lorena, Lia e Ana Clara – durante a ditadura militar em São Paulo. Instaladas em um pensionato de freiras, o enredo se desenvolve através de experiências novas, sentimentos, reflexões existenciais e liberdade.

15. Quarto de despejo – Carolina Maria de Jesus

Com o subtítulo de “Diário de uma favelada”, o livro de Carolina Maria de Jesus nada mais é que a união de trechos do diário da autora, escritos durante sua estadia na extinta favela do Canindé, em São Paulo. Entre seus relatos, temos contato com uma mulher forte, que vive para conceder aos filhos o mínimo de dignidade, mesmo enfrentando os obstáculos de ser uma mulher negra, pobre, favelada e solteira.

Para muitas, a leitura pode ser uma válvula de escape da realidade. Mas, ainda assim, ela deixa uma marquinha dentro de nós, mesmo que pequena, que reflete na nossa vida de alguma maneira. Não deixe de aproveitar o que a literatura pode fazer por você; empodere-se!

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